Não me atraio por números grandes, principalmente quando esses números grandes fazem parte da bilheteria do cinema atual. Cinema, em minha opinião, é uma das artes mais completa, é onde muita coisa se encontra, e onde existe uma técnica rica, mas até os dias atuais ainda não tinha visto uma definição de cinema como essa que acontece agora: Cinema é mercadoria. Procurando em sites, encontro noticia sobre bilheteria, e aqueles filmes – que eu particularmente não dou valor algum – grandiosos e cheios de técnica não aprimorada estão lá, no topo da lista. Sem nenhum outro atrativo, sem nenhum outro lado na questão, só a sua “grandiosidade” e mídia. Não estou defendendo o cinema sem efeitos (como fã alucinada do Steven Spielberg, jamais poderia fazer isso), ou sem técnica, mas o cinema com o efeito e técnica depois do roteiro, depois da narrativa, depois da essência por trás daquelas câmeras. O que tento falar aqui, e que diretores desse tipo de filmes, estão mais preocupados com espaço que o seu filme terá na mídia, com a apelação tecnológica de tal, com a quantidade de gente e dinheiro que ele ira conseguir com esse filme, do que com o “objetivo” de tal estória está sendo filmada. A minha maior agonia sobre determinado assunto é o espaço que esse tio de cinema acaba tomando na cultura popular, todo mundo começa a pensar que uma ida ao cinema vale por si só, e que diante deles, na tela, está sendo exibida a sétima arte. Esse tipo de arte, que se preocupa com números e topos está fora da minha programação. Não me sinto bem em todos os cinemas, não me sinto bem com todas as platéias. Sinto-me pior ainda com determinados tipos de diretores. Gente, esse tipo de cinema acaba sendo imposto como atualidade, como aprimoramento, mas não é. Não vão só ver os filmes campeões de bilheteria ou que tem em seu currículo a estatueta do Oscar – que nunca valeu de muita coisa - cinema é arte, e como arte, deve ser apreciado como tal. Boa ida ao cinema, da próxima vez.
@rayzabazant.
